Em meio ao cenário deslumbrante da cidade, encontramos o Grupo de Apoio aos Meninos e Meninas (GAMM), uma iniciativa sem fins lucrativos que faz a diferença na vida de jovens em situação de vulnerabilidade social.
A História do GAMM
O GAMM foi fundado em 1989, motivado pela vontade de um grupo de moradores de Gravatá em proporcionar um futuro melhor para crianças e adolescentes em situação de rua, uma realidade comum em todo o Brasil na época. Em Gravatá, a presença desses meninos chamou a atenção de jovens comprometidos em oferecer uma alternativa à vida nas ruas.
A organização, que se chamava inicialmente GAMR (Grupo de Apoio a Meninos de Rua) nasceu da necessidade de oferecer apoio, educação e oportunidades para os jovens da comunidade, ajudando-os a superar os desafios sociais e econômicos que enfrentam. Em 1991, o projeto foi formalmente estabelecido como uma organização não-governamental, e com isso, veio a liberdade de atuar de maneira independente, livre das incertezas políticas.
Desde o início, a cultura popular foi vista como uma poderosa ferramenta de inclusão no GAMM. A criação de bandas e eventos culturais (que até então eram poucos na cidade), como o “Cruzeiro do Som”, “Pôr do Som”, e “CarnaRock”, não só proporcionou uma plataforma para os jovens se expressarem, mas também ajudou a fortalecer o senso de comunidade em Gravatá. Esses eventos, foram fundamentais para atrair outros jovens e incentivá-los a participar de atividades culturais e artísticas, promovendo a inclusão social na região.
Com o passar dos anos, o foco do GAMM se expandiu para além dos meninos de rua. Na segunda década, o projeto se consolidou como um centro de referência em música e batuque, com destaque para o Maracatu e a Banda Mestre Librina. Foi também durante esse período que o GAMM inaugurou o Salão Cultural Dinho, um espaço dedicado às atividades culturais da comunidade.
O Novo GAMM: 33 Anos de Inclusão e Inovação
No dia 8 de agosto, o GAMM completou 33 anos e passou por uma significativa transformação. O período de 33 anos carrega uma simbologia de morte e ressurreição no cristianismo, a Organização aproveita essa simbologia para representar os anos de constante reinvenção e renascimento com uma nova proposta para as próximas décadas. A mudança de nome, retirando o “R” de “Rua”, reflete uma nova realidade: não há mais crianças e adolescentes vivendo nas ruas de Gravatá. O grupo agora abraça plenamente tanto meninos quanto meninas, reforçando seu compromisso com a igualdade de gênero e diversidade.
Como fala o diretor executivo da Organização, Edson Oliveira, conhecido popularmente como Edson do GAMM: “Agora aos 33 anos vimos que chegou a hora de tomar novas atitudes e renascer novamente. E renascemos mais fortes e com a força feminina. Eu acredito que esse é o século das mulheres, então colocamos o M de meninas, porque elas estão hoje com a gente, e retiramos o R de rua porque acreditamos que superamos esse fenômeno”.
Essa nova fase visa transformar o grupo em um centro de inovação cultural e tecnológica, preservando e reinventando as tradições culturais de Gravatá. Com novos empreendimentos sociais, como o Salão de Beleza Escola e o Estúdio Fotográfico WG, o GAMM busca também empoderar as mães e mulheres da comunidade, ajudando-as a alcançar autonomia financeira e a definir seus próprios destinos.
Atualmente, o GAMM atende aproximadamente 60 crianças, adolescentes e jovens e conta com uma equipe de cerca de 10 educadores sociais, além de voluntários. Entre os projetos ofertados estão oficinas de Maracatu, fotografia, audiovisual, dança, esporte, lazer e reforço escolar. O Centro tornou-se hoje uma referência em assistência social na região, trabalhando para garantir que crianças e adolescentes possam crescer em um ambiente seguro, saudável e com acesso à educação de qualidade.
Turismo Solidário: como participa os visitantes que desejam conhecer Gravatá de uma maneira diferente, o GAMM oferece a oportunidade perfeita de unir turismo com solidariedade. Os turistas podem entrar em contato e marcar uma visita ao Centro para assistir apresentações culturais e conhecer de perto o trabalho realizado com os jovens da comunidade. É uma experiência enriquecedora, onde os visitantes podem entender mais sobre a realidade local e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento social da cidade.
Além das visitas, o GAMM aceita doações de pessoas de todo o Brasil e do mundo, e no novo processo de mudança, o Centro está em campanha para a construção de uma nova sede. Para quem não pode ir até Gravatá, é possível contribuir com doações financeiras ou de materiais diretamente pelo site do grupo. Cada contribuição ajuda a manter e expandir os programas oferecidos para as crianças e adolescentes, garantindo que mais jovens possam ter acesso a um futuro melhor.
Se você está planejando uma visita a Gravatá, considere incluir o GAMM no seu roteiro. Você não só descobrirá uma cidade rica em cultura e história, mas também fará parte de uma iniciativa que transforma vidas.
Doações: www.grupogamr.org
ou pela chave Pix:
09.033.390/0001-70 CNPJ
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